Avassaladora, a besta apodera-se de mim violentamente. Atira-me, abana-me, possui-me.
Mundo de solidão, este. Como um silêncio pesado, de voz grave.
A besta isola-me, prende-me, assusta-me. É como ter medo do escuro, mas quando há luz.
Criatura que vem desanunciada e me deixa num vazio de explicações egoístas.
A besta arranca-me o coração, cospe-o na minha cara depois de tão profundos sentimentos. Expõe-me, enfraquece-me.
É como chorar todos os dias quando deito a cabeça na almofada. Enche-me de todos os sentimentos mais injustos, mais precários.
A besta é a metáfora para o sofrimento, é aliteração em todos os sons que doem.
A besta é o amor que habita em mim.
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